The Classics Workshop – o blog

O meu nome é Carlos de Castro, tenho 34 anos, sou de Braga e tenho uma grande paixão pelo universo dos Clássicos.

Para mim, o termo Clássicos não se restringe apenas a carros antigos, embora inevitavelmente seja esse o “centro das atenções” sempre que usamos este termo. Sim, será também o tema principal do The Classics Workshop.

Desde miúdo que me lembro de ficar fascinado com oficinas de carros. Talvez por ser o local onde os donos cuidam dos seus carros, um bem tão importante e tão valioso que qualquer um de nós pode ter.

A disposição das ferramentas, as cores, as texturas, os materiais, o cheiro (até mesmo o da combustão dos motores), tudo me despertou interesse desde pequeno.

Talvez também porque o meu pai, em idade muito jovem, tivesse tentado a sua carreira de mecânico, que viria a revelar-se muito curta. Não sei. Não sei o que poderia ter despertado tanto interesse em mim por uma área que, na minha geração, não é de todo procurada pelos jovens para desenvolver uma carreira profissional.

Há demasiados constrangimentos físicos e higiénicos em muitos dos jovens de hoje em dia para poderem enveredar por esse caminho.

Cresci numa aldeia, o que provavelmente contribuiu em muito para que em miúdo tivesse o tipo de brincadeiras que hoje em dia as crianças não têm e os pais tão pouco permitem. Sim, sujava-me imenso no quintal de casa depois de chegar da escola. Fosse a ajudar os meus avós na agricultura, fosse a brincar com as galinhas, fosse a tentar construir os meus próprios brinquedos com madeira que deveria ser usada para acender a lareira onde a minha avó fazia uma sopa incrível.

Cheguei até a passar umas “férias grandes” a tentar recuperar um motor de rega antigo do meu avô, que quando finalmente decidiu trabalhar me pregou o maior susto da vida. Com toda a inocência própria da idade (confesso que ainda a preservo um pouco), no momento de puxar a corda para pôr o motor a trabalhar, esqueci-me que não estava apoiado em lado nenhum e que tinha uma hélice encostada ao chão. Quando puxei a corda e o motor pegou, deu-se início ao episódio motor gafanhoto em fuga e o Carlos a tentar apanhá-lo sem se magoar seriamente.

Trabalhou até o combustível acabar. Enquanto isso, uma grande parte das cebolas plantadas pela minha avó no quintal estavam picadinhas pela hélice do motor “em fuga”, prontinhas para um refugado. Felizmente tudo acabou bem.

Já vos disse que tenho muitas coisas para contar neste blog? Sim, com muitos parêntesis pelo meio. Adoro estórias com E maiúsculo.

Antes de me despedir por hoje, não posso mesmo esquecer-me de vos informar que todas as histórias e estórias que aqui forem relatadas são 100% verdadeiras e vividas na primeira pessoa.

Pretendo dar-vos a conhecer o que me ocupa os tempos livres no que diz respeito aos clássicos. Aos 34 anos já me aventurei em alguns projetos de restauro de carros, motas, mobiliário, iluminação, decoração e uma catrafada de outras coisas que me remetem para o nome deste blog – The Classics Workshop.

Até já.